Meu Amigo!

Meu amigo! Você sumiu!
Faz anos que não te vejo
Nem sei como lhe cumprimentar
Com aperto de mão ou um beijo
Gostei pra caramba
De teu carro importado
Mas me diz aí
Vamos ali comer um salgado?
São deliciosos
Cada um custa R$1,00
A dona é muito simpática
Prometo que não vai passar mal
Meu amigo
Não tenha nojo não
A dona faz com amor
Tu já comeu aqui, irmão!
O que aconteceu contigo
Só porque mudou de cidade
Não é mais meu amigo?
Isso é sacanagem
Ninguém vai roubar teu carro
Nem parece que cresceu aqui
Brincávamos juntos no barro
Agora nem olha pra mim
Não quero saber teu salário
Isso não me interessa
Eu quero que não tenha pressa
Lembra da nossa tradicional pesca?
Tu nem tocou na coxinha
"Não ligue não, Cidinha!"
É que meu amigo tá iludido
Esfregou cédulas nos olhos
E ficou cego
Cagado e cuspido
Os homem da TV
Oh, meu amigo
Quem te viu e quem te vê
Vá lá, cuidar de teu carro
Antes que alguém venha mexer
Tu não é meu amigo
É amigo do dinheiro
Nem falou da tua mulher
Ou será que tá solteiro?
Mas não faz diferença
Só sei que essa doença
Atinge quase o mundo inteiro

- Juliane França.



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1 comentários:

  1. Olá, realmente algumas pessoas se esquecem de suas origens e criam uma série de preconceitos com coisas que antes eram normais para eles. Ótimo texto!

    petalasdeliberdade.blogspot.com
    desafioleiamaisbrasil.blogspot.com

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