Sempre fui muito quieta e pouco sociável, eu era bem alta e magricela, meu cabelo era loiro natural e bem longo, era bonito e bem cuidado, mas eu sempre o deixava preso. Na escola não tinha essa de ir com a roupa que quisesse, nós meninas éramos obrigadas a usar aquela camiseta quente e uma saia estranha de cor verde com preto. Ela ia até pouco abaixo do joelho, o calçado poderia ser qualquer um, eu sempre ia com um all star, que estava bem velhinho por sinal.
Eu tinha uma amiga, que era bem extrovertida e vez ou outra me deixava de lado para ficar com outras meninas que não pareciam gostar de mim. Às vezes ela ficava comigo no intervalo, às vezes não. Em ambas as vezes, eu ficava sentada num cantinho do pátio, mexendo no celular e quando ela estava, jogávamos conversa fora, ela me falava também dos rapazes que tinha ficado, ela era bem "adiantada" nessa parte. Tínhamos 17 para 18 anos.
Era sexta-feira, eu estava feliz, pois logo seria final de semana, dia de dormir até tarde. Tiveram duas aulas cansativas de matemática e uma aula de química, ao chegar a aula de filosofia, todos vibraram, pois nossa professora estava faltando muito e colocaram um professor de eventual, que não nos exigia absolutamente nada. Mas, para surpresa de todos, a diretora veio até nossa sala e após pedir silêncio, nos apresentou o novo professor de filosofia: O professor Marcos.
Ele aparentava ter uns 40 anos, usava um óculos pequeno, tinha cabelos grisalhos, o tórax aparentemente malhado, estilo esportivo ao mesmo tempo que discreto e uma voz bem calma e rouca.
"Boa noite, galera! Meu nome é Marcos e sou o novo professor de filosofia de vocês. Gosto muito de aulas dinâmicas, onde eu possa conhecer melhor cada um de meus alunos! Vocês podem se apresentar para mim?"
Aff, tivemos que nos apresentar. Meu coração quase saia pela boca, pois odiava aquilo. Quando chegou a minha vez, me levantei e minha voz mal saía.
"Meu nome é Kelly, tenho 17 anos e... É só (risos). "
Ele riu e balançou a cabeça, chamou outro aluno em seguida, respirei aliviada.
Ele passou uma lição e quando levei a folha em sua mesa, ele afirmou que faltava meu nome - eu tinha esquecido. Me abaixei para assinar, fazendo com que meu rosto ficasse perto do dele. Nossa! Ele era muito perfumado. De repente, ele perguntou no meu ouvido se gostei da apresentação dele. Eu tremi de nervoso e meu "sim" quase não saiu.
A voz dele era absurdamente sexy e quando sentei à mesa, confesso que estava surpreendentemente excitada. Ele havia mexido comigo.
A aula dele passou muito rápido, não consegui mais parar de pensar nele. Comentei sobre ele com minha amiga e percebi que não fui só eu quem reparei em sua beleza, ela também havia achado ele bonito.
O final de semana chegou, logo fiquei torcendo para ter aulas dele novamente, estava disposta a trocar olhares descarados com ele. Procurei por ele no Facebook, mas não encontrei. Chegada a bendita segunda-feira, havia uma aula dele.
Minha amiga me falava que as meninas da outra sala gostaram dele. Ele era realmente muito atraente. Fiquei com um sentimento de conforto, não me sentia mais a menina mais pervertida do mundo, mas esse sentimento durou pouco tempo...
Chegada sua aula, ele passou uma redação sobre "vida após a morte", eu fui muito bem, 'filosofei' bastante. Na verdade, foi um assunto que animou toda a sala. Ele mesmo recolheu as folhas em um determinado tempo, ao recolher minha folha, me deu "boa noite" baixinho, respondi envergonhada, como sempre. Atrás de mim, sentava-se um menino popular, que certamente já havia criado amizade com Marcos, eles estavam conversando à toa, quando o professor estacionou as mãos em meus ombros, fazendo exatamente 3 movimentos de massagem, fiquei sem reação. As mãos dele eram fortes, macias e precisas. Foram o necessário para minha excitação involuntária.
Eu estava louca por aquele professor, eu precisava ficar com ele, pois acreditava que ele estava arrastando uma 'asinha' pra mim também, mas sei lá, por que pra mim, com tantas meninas lindas na sala?
Conversei com minha amiga sobre meu desejo, como previsto ela brincou comigo e disse que iria conseguir o contato dele para mim. Esperei, bebendo água de sua garrafa rosa.
Em pouco tempo consegui o contato do professor, como uma louca o chamei e ele após descobrir quem era, falou espontaneamente:
"Ei, Kelly! Queria mesmo falar com você! Seus trabalhos estão muito bons, gostaria de saber de onde tira todas as suas conclusões e no que se baseia! Pode ficar um pouco mais tarde amanhã?"
Meu coração gelou, meu corpo arrepiou até a espinha, não sabia o que fazer, o horário que ele queria falar comigo era quando todos já tiveram ido embora.
"Oi! Obrigada! Ficarei sim amanhã até mais tarde, te espero!"
Ele respondeu com um emoticon.
Eu desejei muito que ele quisesse mais que saber de onde tirava as informações as quais complementava os trabalhos que ele passava. Me arrumei e me perfumei mais aquele dia. Não contei nada para minha amiga, ela conhecia muita gente e isso iria acabar vazando.
Chegada a última aula, ele não tirava os olhos de mim, eu não soube onde enfiar a cara e fiquei com medo dos outros alunos perceberem, mas não perceberam, estranhamente. Quando o sinal tocou, comecei a tremer involuntariamente. Vi que ele olhava o relógio.
"Kelly, devo lhe parabenizar pelos trabalhos incríveis, tenho orgulho de ter você como aluna!"
Agradeci, minha amiga ouviu e sussurrou:
"Levando elogios do professor mais gostoso da escola, aí sim!"
Despediu-se, me deu um chiclete e foi embora junto à todos os outros alunos, eu fingia que estava saindo, mas só arrumei meus livros para disfarçar. Ele saiu, mas depois voltou e ficou como que disfarçando.
Todos os alunos tinham ido embora, ele então veio até mim. Senti uma ligeira tontura.
Ele perguntou de primeira qual era minha idade.
"Faço 18 no mês que vem."
Ele jurava que eu já era de maior, logo após desconversou e me perguntou sobre minhas explicações em suas respostas, conseguimos desenvolver um bom papo, até perdi um pouco da vergonha, quando de repente ele soltou meu cabelo.
"Nossa, como fica linda com cabelos soltos."
Agradeci, ele descaradamente acariciou meu rosto, eu coloquei minha mão por cima da mão dele e admiti que ele era muito atraente.
"Tá louca, eu sou um velho e você é uma jovem bebê ainda."
Sorri tímida e ele me beijou.
A boca dele era macia, ele tinha um beijo delicioso, o beijo foi longo o suficiente para perdermos o juízo e ele colocar sua mão por baixo da minha saia, confesso que não tive forças para impedi-lo. Deliciosa a massagem que ele me fez, após colocar minha calcinha para o lado. Durou pouco tempo, ele falou que continuaríamos depois, eu concordei e quando levantei, algo escorria de dentro de mim, era excesso de prazer. Logo ele falou que eu não poderia sair daquele jeito. Ele me limpou, com sua boca. Enlouqueci, nunca havia sentido nada igual, mas precisávamos ser rápidos, estávamos na escola.
Ele saiu da sala como se nada houvesse acontecido e eu saí 5 minutos depois. Ninguém pareceu ter percebido.
No caminho de casa, ainda estava anestesiada, ao deitar em minha cama a ficha caiu. Fiquei com o meu professor coroa gato, ele me beijou todinha e ninguém poderia saber disso, era uma situação boa, me senti num empolgante filme de suspense/erótico.
Em sua seguinte aula, eu estava de cabelos soltos e esperei que ele me desse algum sinal, mas ele agiu como se nada houvesse acontecido, apesar dele ter dado algumas olhadas não houve nada de anormal, em certo momento até me questionei se aquilo de fato havia acontecido.
Havia brotado uma aliança gigante em sua mão esquerda, fiquei assustada. Nos meus contatos não havia mais o número dele. Perguntei à minha amiga se ela tinha o número dele e ela disse que ninguém tinha, pois ele era muito sério e casado.
Eu estive sonhando o tempo todo. Entrei em pânico, acho que alguém me drogou, pois na aula passada eu havia ficado com ele!
Fui embora indignada, passei pela diretoria e o Sr. João, um homem barrigudo e calvo que trabalhava na direção, me chamou discretamente:
"Não vai se despedir de mim, minha jovem bebê?"
Fiquei sem chão... Era exatamente assim que fui chamada aquele dia pelo professor Marcos.
Obs: Texto fictício.
- Juliane França.