Meus Sentimentos E Reflexões
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Home Archive for 2016-11-27

Perfumei nossa casa
Com o melhor dos perfumes
Perfumei meu corpo
Com pétalas doces
Preparei sua refeição de infância
Coloquei um vestido azul rodado
Soltei meus cachos
Desliguei-me da tecnologia
Me despedi das amigas
E ansiosa te esperei
Sentada num sofá
E olhando para nosso ninho perfeito
Fiquei ansiosa e feliz
Quando chegou, não me beijou
Não viu meus cachos
Nem meu vestido azul
Elogiou a comida
E logo após me 'comeu'
Meros minutos vazios e ocos
Quando virou-se, tomei banho
E avistei em sua cueca
Marcas borradas de batom rosa
Sorri chorando
Chorei sorrindo
O vestido azul virou lenço

Quando foi trabalhar
Perfumei nossa casa
Com o melhor dos perfumes
Perfumei meu corpo
Com pétalas doces
Tirei a água da geladeira
Coloquei um vestido vermelho
Soltei meus cachos
Chamei por seu amigo
E desliguei-me da tecnologia
Me despedi das amigas
E ansiosa o esperei
Sentada na beira da sua cama
Olhando para nosso falso ninho perfeito
Quando ele chegou, me beijou
Elogiou meus cachos
E tirou meu vestido com carinho
Não quis beber água
Mas me 'bebeu'
Deliciosas horas cheias de prazer
Tomamos banho juntos
Haviam marcas de batom em sua cueca
Mas eram minhas
Sorri gozando
Gozei sorrindo
O vestido nos serviu de lençol
Agora lhe digo:
Um vestido teve alegria
O outro nem tanto assim.

- Juliane França.




Sempre fui muito quieta e pouco sociável, eu era bem alta e magricela, meu cabelo era loiro natural e bem longo, era bonito e bem cuidado, mas eu sempre o deixava preso. Na escola não tinha essa de ir com a roupa que quisesse, nós meninas éramos obrigadas a usar aquela camiseta quente e uma saia estranha de cor verde com preto. Ela ia até pouco abaixo do joelho, o calçado poderia ser qualquer um, eu sempre ia com um all star, que estava bem velhinho por sinal.
Eu tinha uma amiga, que era bem extrovertida e vez ou outra me deixava de lado para ficar com outras meninas que não pareciam gostar de mim. Às vezes ela ficava comigo no intervalo, às vezes não. Em ambas as vezes, eu ficava sentada num cantinho do pátio, mexendo no celular e quando ela estava, jogávamos conversa fora, ela me falava também dos rapazes que tinha ficado, ela era bem "adiantada" nessa parte. Tínhamos 17 para 18 anos.
Era sexta-feira, eu estava feliz, pois logo seria final de semana, dia de dormir até tarde. Tiveram duas aulas cansativas de matemática e uma aula de química, ao chegar a aula de filosofia, todos vibraram, pois nossa professora estava faltando muito e colocaram um professor de eventual,  que não nos exigia absolutamente nada. Mas, para surpresa de todos, a diretora veio até nossa sala e após pedir silêncio, nos apresentou o novo professor de filosofia: O professor Marcos.
Ele aparentava ter uns 40 anos, usava um óculos pequeno, tinha cabelos grisalhos, o tórax aparentemente malhado, estilo esportivo ao mesmo tempo que discreto e uma voz bem calma e rouca.
"Boa noite, galera! Meu nome é Marcos e sou o novo professor de filosofia de vocês. Gosto muito de aulas dinâmicas, onde eu possa conhecer melhor cada um de meus alunos! Vocês podem se apresentar para mim?"
Aff, tivemos que nos apresentar. Meu coração quase saia pela boca, pois odiava aquilo. Quando chegou a minha vez, me levantei e minha voz mal saía.
"Meu nome é Kelly, tenho 17 anos e... É só (risos). "
Ele riu e balançou a cabeça, chamou outro aluno em seguida, respirei aliviada.
Ele passou uma lição e quando levei a folha em sua mesa, ele afirmou que faltava meu nome - eu tinha esquecido. Me abaixei para assinar, fazendo com que meu rosto ficasse perto do dele. Nossa! Ele era muito perfumado. De repente, ele perguntou no meu ouvido se gostei da apresentação dele. Eu tremi de nervoso e meu "sim" quase não saiu.
A voz dele era absurdamente sexy e quando sentei à mesa, confesso que estava surpreendentemente excitada. Ele havia mexido comigo.
A aula dele passou muito rápido, não consegui mais parar de pensar nele. Comentei sobre ele com minha amiga e percebi que não fui só eu quem reparei em sua beleza, ela também havia achado ele bonito.
O final de semana chegou, logo fiquei torcendo para ter aulas dele novamente, estava disposta a trocar olhares descarados com ele. Procurei por ele no Facebook, mas não encontrei. Chegada a bendita segunda-feira, havia uma aula dele.
Minha amiga me falava que as meninas da outra sala gostaram dele. Ele era realmente muito atraente. Fiquei com um sentimento de conforto, não me sentia mais a menina mais pervertida do mundo, mas esse sentimento durou pouco tempo...
Chegada sua aula, ele passou uma redação sobre "vida após a morte", eu fui muito bem, 'filosofei' bastante. Na verdade, foi um assunto que animou toda a sala. Ele mesmo recolheu as folhas em um determinado tempo, ao recolher minha folha, me deu "boa noite" baixinho, respondi envergonhada, como sempre. Atrás de mim, sentava-se um menino popular, que certamente já havia criado amizade com Marcos, eles estavam conversando à toa, quando o professor estacionou as mãos em meus ombros, fazendo exatamente 3 movimentos de massagem, fiquei sem reação. As mãos dele eram fortes, macias e precisas. Foram o necessário para minha excitação involuntária.
Eu estava louca por aquele professor, eu precisava ficar com ele, pois acreditava que ele estava arrastando uma 'asinha' pra mim também, mas sei lá, por que pra mim, com tantas meninas lindas na sala?
Conversei com minha amiga sobre meu desejo, como previsto ela brincou comigo e disse que iria conseguir o contato dele para mim. Esperei, bebendo água de sua garrafa rosa.
Em pouco tempo consegui o contato do professor, como uma louca o chamei e ele após descobrir quem era, falou espontaneamente:
"Ei, Kelly! Queria mesmo falar com você! Seus trabalhos estão muito bons, gostaria de saber de onde tira todas as suas conclusões e no que se baseia! Pode ficar um pouco mais tarde amanhã?"
Meu coração gelou, meu corpo arrepiou até a espinha, não sabia o que fazer, o horário que ele queria falar comigo era quando todos já tiveram ido embora.
"Oi! Obrigada! Ficarei sim amanhã até mais tarde, te espero!"
Ele respondeu com um emoticon.
Eu desejei muito que ele quisesse mais que saber de onde tirava as informações as quais complementava os trabalhos que ele passava. Me arrumei e me perfumei mais aquele dia. Não contei nada para minha amiga, ela conhecia muita gente e isso iria acabar vazando.
Chegada a última aula, ele não tirava os olhos de mim, eu não soube onde enfiar a cara e fiquei com medo dos outros alunos perceberem, mas não perceberam, estranhamente. Quando o sinal tocou, comecei a tremer involuntariamente. Vi que ele olhava o relógio.
"Kelly, devo lhe parabenizar pelos trabalhos incríveis, tenho orgulho de ter você como aluna!"
Agradeci, minha amiga ouviu e sussurrou:
"Levando elogios do professor mais gostoso da escola, aí sim!"
Despediu-se, me deu um chiclete e foi embora junto à todos os outros alunos, eu fingia que estava saindo, mas só arrumei meus livros para disfarçar. Ele saiu, mas depois voltou e ficou como que disfarçando.
Todos os alunos tinham ido embora, ele então veio até mim. Senti uma ligeira tontura.
Ele perguntou de primeira qual era minha idade.
"Faço 18 no mês que vem."
Ele jurava que eu já era de maior, logo após desconversou e me perguntou sobre minhas explicações em suas respostas, conseguimos desenvolver um bom papo, até perdi um pouco da vergonha, quando de repente ele soltou meu cabelo.
"Nossa, como fica linda com cabelos soltos."
Agradeci, ele descaradamente acariciou meu rosto, eu coloquei minha mão por cima da mão dele e admiti que ele era muito atraente.
"Tá louca, eu sou um velho e você é uma jovem bebê ainda."
Sorri tímida e ele me beijou.
A boca dele era macia, ele tinha um beijo delicioso, o beijo foi longo o suficiente para perdermos o juízo e ele colocar sua mão por baixo da minha saia, confesso que não tive forças para impedi-lo. Deliciosa a massagem que ele me fez, após colocar minha calcinha para o lado. Durou pouco tempo, ele falou que continuaríamos depois, eu concordei e quando levantei, algo escorria de dentro de mim, era excesso de prazer. Logo ele falou que eu não poderia sair daquele jeito. Ele me limpou, com sua boca. Enlouqueci, nunca havia sentido nada igual, mas precisávamos ser rápidos, estávamos na escola.
Ele saiu da sala como se nada houvesse acontecido e eu saí 5 minutos depois. Ninguém pareceu ter percebido.
No caminho de casa, ainda estava anestesiada, ao deitar em minha cama a ficha caiu. Fiquei com o meu professor coroa gato, ele me beijou todinha e ninguém poderia saber disso, era uma situação boa, me senti num empolgante filme de suspense/erótico.
Em sua seguinte aula, eu estava de cabelos soltos e esperei que ele me desse algum sinal, mas ele agiu como se nada houvesse acontecido, apesar dele ter dado algumas olhadas não houve nada de anormal, em certo momento até me questionei se aquilo de fato havia acontecido.
Havia brotado uma aliança gigante em sua mão esquerda, fiquei assustada. Nos meus contatos não havia mais o número dele. Perguntei à minha amiga se ela tinha o número dele e ela disse que ninguém tinha, pois ele era muito sério e casado.
Eu estive sonhando o tempo todo. Entrei em pânico, acho que alguém me drogou, pois na aula passada eu havia ficado com ele!
Fui embora indignada, passei pela diretoria e o Sr. João, um homem barrigudo e calvo que trabalhava na direção, me chamou discretamente:
"Não vai se despedir de mim, minha jovem bebê?"
Fiquei sem chão... Era exatamente assim que fui chamada aquele dia pelo professor Marcos.

Obs: Texto fictício.
- Juliane França.



Aquela frase que afirma que respeitando somos respeitados é inválida em diversos ambientes. Pude  sentir isso na pele quando mais nova. 
Me chamam de Déia. Tenho trinta e cinco anos, sou gordinha e tenho altura baixa, cabelos longos e lisos por progressiva. Passei por muitos perrengues até chegar onde estou. Já levei cuspe na cara no primário, já me disseram que eu tinha cheiro de fezes e é transbordando lágrimas de vergonha que escrevo isso. Não gosto de lembrar.

Vim de família carente, onde aos finais de ano, não haviam condições de montar uma árvore de Natal. Minha mãe era empregada doméstica, o dinheiro era contado para a compra do mês. Mas todo dia 31 de dezembro, minha mãe sempre juntava as moedas para me levar até o centro de São Paulo para acompanhar os fogos, enquanto comia um pão com linguiça ou carne. Era o dia mais esperado de todos os anos da minha infância, a minha felicidade mal cabia em meu corpo pequeno e magro. 

Lembro que sempre repartia meu pão com os cachorrinhos na rua, que se escondiam nos becos escuros por conta dos altos barulhos de fogos, buzinas, etc. Minha mãe sempre me puxava pelo braço quando eu ia procurá-los, mas eu ia mesmo assim.
Com dias e noites de estudo, aos vinte anos, consegui, pelo Enem, uma bolsa para cursar meu sonho: medicina veterinária. 
Lembro que minha mãe chorou de alegria, como uma criança ao receber um brinquedo. Era festa em nossa humilde casa.
Tive a sorte de ter a faculdade perto de casa; assim, não gastaria dinheiro com conduções. No primeiro dia de aula, coloquei meu caderno e minha caneta dentro de minha bolsa do governo, fiz um coque, coloquei uma roupa simples e fui. Com um sorriso que mal cabia em minha boca. Ao chegar lá, foram mútuos os olhares estranhos, como se eu tivesse incomodando as pessoas. 

Olhei-me para ver se havia algo de errado em minha roupa, mas estava tudo normal.
Ao entrar na sala, a professora me apresentou e ouvi algumas risadas lá no fundo, quando olhei, havia uma menina ruiva rindo, logo que olhei-a, ela me questionou grosseiramente:
— Que foi?
Virei de volta para a professora.
Os dias se passaram. Mesmo que eu estivesse muito feliz com o fato de ter conseguido a bolsa, estava triste, pois não tinha conseguido nenhum amigo ou amiga. Houve um dia em que tentei me juntar com algumas meninas no refeitório, que estavam numa mesa onde só havia um banco vago. Quando a tal ruiva chegou e já disse que era o lugar dela. Ela pôs a mão em meu peito com um copo de suco de uva, o suco foi parar na minha blusa que era a única sem buracos que eu tinha para estudar.

— Oh, desculpa aí, fofa. Foi sem querer. — falou sarcasticamente.
— Magina, tudo bem.
Quando saí, as meninas estavam tampando seus narizes, acho que eu cheirava mal.
Lembro de ter chorado muito em casa naquele dia, escondida de minha mãe. Eu sabia que aquilo não foi sem querer. Estava difícil, mas precisava continuar com meu sonho.

Passaram-se cinco anos, estávamos no fim do curso. Eu já estava acostumada com as rejeições. Fiz amizade com um rapaz muito simpático, o qual me deu bastante suporte psicológico, mas o namorado dele era muito ciumento... Então não dava para ficarmos juntos sempre. Eu estava bem, me destacava e ficava com vontade de seguir aquele sonho cada vez mais.
Terminamos o curso, minha cabeça já era diferente, mais segura de mim e mais confiante em dar uma vida melhor para minha mãe. Consegui um estágio e me destaquei devido ao carinho e cuidado que tratava os animais desde que pisei dentro daquele grande consultório. 

Uma médica engravidou, e minha chefe, que era um amor, me escolheu para ocupar seu lugar. Nem preciso dizer que fiquei nas nuvens, não é? Ela me disse com firmeza:
— Agarra essa chance! — me abraçando com um lindo poodle no colo.
Agarrei com todas as forças do universo. O melhor ainda estava por vir. A médica que estava de licença desistiu de trabalhar lá, preferiu se dedicar ao bebê. Minha superior me promoveu para Médica Veterinária! Isso mesmo!
Era festa no meu coração, na minha vida e na minha casa! Um dos dias mais felizes da minha existência.

Passaram-se alguns anos e o dinheiro para comprar blusas novas estava surgindo. Pude felizmente levar minha mãe para um banho de loja e um final de semana fora, melhoramos a casa e compramos um sofá M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! Conseguimos nos mudar para uma casa muito linda. O aluguel era de R$600,00 e a casa era bem completa.
Ficou em aberto a minha vaga de estagiária por algumas semanas, após algumas meninas terem entrado e não ter dado certo.  Até que uma menina foi selecionada para fazer parte de nossa equipe. Não acreditei quando vi, era a tal ruiva da faculdade. Minha chefe a apresentou para mim, eu logo disse:

— Essa mocinha aqui eu já conheço!
Ela ficou cabisbaixa e sem reação, ela certamente lembrava de mim. Talvez tenha sido impactante me ver com uniforme de médica dos bichinhos (risos). Nunca vi uma pessoa tão envergonhada na vida.
Certo dia, tivemos de ficar até mais tarde, tinham alguns animais a mais para medicar, examinar e eu precisava de ajuda. Na mesma hora pensei em chamar a ruivinha. Fui até sua sala:
— Ei, qual seu nome? — apoiada na porta da salinha onde ela estava.
— Roberta.
— Prazer, Roberta! Você não gostaria de me ajudar ali com os nossos amiguinhos?
— Sério, eu posso?
— Com uma condição! Só se me prometer não jogar suco na minha camisa e não rir de mim, mesmo que eu seja pouco desastrada andando e tenha cheiro de cachorrinhos (risos)!
— Déia, me desculpa...
Cheguei mais perto e a abracei:
— Relaxa, mocinha. Agora é outra coisa. E aí, vamos lá?
— É claro!

Não guardei rancor, me ofereci de "âncora" para a menina que fez parte do meu passado infernal. Eu a perdoei, mas o destino não. Ela desistiu da vaga e disse não ser para ela. Bem que eu percebia, ela tocava nos bichinhos com cara de nojo... Imagine só, cinco anos jogados fora, cinco anos de ilusão e de distração, onde poderia usar tal tempo para decidir o que queria ao invés de desrespeitar os outros!

Pois é, minha gente! O respeito deve ser mútuo e universal. Mesmo que as pessoas perdoem umas as outras, a vida se encarrega de ser ainda mais severa, nos colocando em nossos devidos lugares.
Agora, deixa eu ir pro serviço! Estou com a agenda repleta de amiguinhos hoje, e isso não é nada ruim! Até mais!

- Juliane França.

Lena era moça rica, linda e sempre teve seu chofer para levá-la para onde quer que quisesse ir. Popular em sua faculdade, era rodeada de amigos de classe alta, como a dela. Lena nunca teve do que reclamar, sempre teve tudo mastigado. Frequentava locais luxuosos e usava roupas de grife. Sustentada pelo pai viúvo, dono de uma grande empresa.  
Um bolsista chegou em sua faculdade. Cléber era moreno, sorridente, de roupas simples e usava uma mochila dada pelo governo. Foi alvo de piadas, trotes pouco pesados e, Lena estava no meio, jogando ovos, junto com seus amigos.  
Os dias se passaram e Cléber permaneceu com seu sorriso no rosto, sentava-se sozinho a mesa para comer, não tinha feito amigos. Com sua humilde marmita composta de arroz, feijão e salsicha, alimentava-se rapidamente para descansar um pouco antes de voltar para a sala.  
Lena passava por Cléber com cara de desprezo e ele por sua vez, ignorava, sorria e balançava a cabeça.  
Certo dia no final da aula, chovia muito, parecia que o mundo iria cair, pingos grossos e fortes.   
O chofer de Lena atrasou, talvez pelo trânsito que a chuva causou... De cinco em cinco minutos, Lena ia para fora da Universidade ver se ele tinha chegado, mas não deu sinal. Não gostava de esperar e já estava se irritando.   
Em um momento, quando Lena se aproximou pela oitava vez da saída da Universidade, se deparou pela primeira vez, com a face da simplicidade.  
Cléber estava agachado, na calçada, tomando aquela chuva. Abraçando um cãozinho que mostrava com toda nitidez que necessitava do amor dele para ser feliz, e era. Ambos sorriam com os olhos; a chuva serviu de cenário. Estava explicado o motivo do sorriso fixado no rosto de Cléber, ele tinha o amor, ele se purificava com a chuva, ele mantinha a simplicidade em seu coração.  
Lena ao ver tal cena, emocionou-se, como nunca antes aconteceu e entendeu o motivo daquele sorriso, mesmo com as piadinhas e mesmo que ninguém quisesse fazer companhia à ele. Lena largou a mochila, tirou o salto e foi tomar banho de chuva, o qual só havia tomado quando criança, por um descuido do seu pai.  
Foi revigorador, ela sorriu para a simplicidade e a simplicidade sorriu de volta. Conheceu e sentiu na pele o motivo do sorriso de Cléber.  
O chofer chegou logo em seguida e ao ver tal cena, saiu do carro, surpreso.   
" Espero que as gotas d'água falem com o coração dela".  
E falaram. Desde aquele dia, Lena percebeu que dinheiro não simboliza viver e que o verdadeiro significado de ser feliz sempre esteve nas coisas mais simples.  
Quando a simplicidade sorri, não há luxo que resista. 

- Juliane França.


Não há templo mais sagrado ou mais lindo 
Que aquele composto por areia e ondas salgadas 
Ondas que massageiam minha alma 
De uma forma divina, diferente de tudo...  
Ondas do lindo oceano. 

Hora tranquilo, hora nervoso 
E mesmo que nervoso, sempre calmante 
Sempre relaxante... 
O som das suas ondas é a melhor canção que já existiu 
E esse cheiro que me invade de fora pra dentro, é cheiro de vida. 

Faz da mais linda forma 
Com que eu converse comigo 
Compreendo-me e revigoro-me... 
Sem todo aquele som de cidade agitada, que me corrói 
Sua forte brisa faz meus cabelos dançarem felizes, todos os fios. 


Amanhecer e ver o Sol te beijando 
Anoitecer e ver a Lua te almejar  
És perfeito, todos te amam 
O meu Criador mora aqui, eu sei 
Purifica-me, és lindo. 

Te ver fazendo amor com o céu  
É presente do Criador. 
Cada gota de chuva que se encontra com suas ondas, são gotas d'água realizadas 
Todos o amam, Mar 
Serei sua eterna namorada, amiga e amante. 

Sei que há reciprocidade; nada melhor que o que me proporciona: 
O verdadeiro sinônimo do que é viver 
A plena e absoluta paz. 


Juliane França. 
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Olá, como vai? Espero que bem! Tenho 20 anos e sou completamente apaixonada pela escrita. Desculpe, sou péssima para me descrever, creio que para conhecer mais sobre mim, só me conhecendo ou mesmo me lendo! (risos) Seja bem vindo (a), espero que goste. Não venha só uma vez!
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