As que se fazem "lanchinho"

Gosto é de diversidade. Elas gostam da indiferença.

Melina era muito bobinha. Boa de pegar e enjoativa demais para namorar.
Jamais tive sentimentos por ela que não fossem carnais, por mais que eu soubesse que seu sonho era conhecer minha mãe.
Até parece! Não ia levar minha "marmita" pra conhecer minha rainha.

Às 22h estava na porta da faculdade dela, para levá-la ao motel mais próximo e satisfazer minhas vontades. Isso é, quando não fazíamos no carro mesmo. E lá ia Melina, toda perfumada e arrumada para mim, enquanto eu usava a mesma blusa suja pela terceira vez e, ela nem reclamava. Se ela ficava satisfeita? Sei lá! E se não, ela fingia muito bem.

Além de safado, sou guloso. A amiguinha de Melina era muito gata e, como já podem prever, ela foi minha sobremesa por alguns meses. Pedi para que guardasse segredo, mas mulher é um bicho estranho. As duas brigaram feio e romperam a amizade de três anos. Sabe qual das duas rompeu contato comigo? Nenhuma.

Então eu teria duas belas distrações. Não sei se é pelo meu carro, pelo meu corpo ou pelo sorriso que todas elogiam. Independente do que seja, sempre me dou bem.
Engraçado que, depois de alguns meses que simplesmente enjoei da mesma coisa, ambas começaram publicar coisas como: "todo homem é igual" ou "quando perder de vez, vai dar valor".
Oi? Como é que é? Quem são elas para falarem de valor, sendo que as próprias não se valorizam?
Quem são elas para falarem de padronização dos homens, sendo que aceitam sair com os rapazes que ficam tirando onda, disponíveis para a primeira gatinha que aparecer?
Algumas mulheres gostam de sofrer... Isso deve dar aquela acidez na vida delas.

- Juliane França.

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