João Era Doente

Não falo de doença física, mas doença psicológica. Eu não podia sair, tomar sorvete com minha irmã, nem mesmo visitar o bebê da minha prima. Cachorros? Sempre amei cachorros, mas nunca pude ter um. Até tentamos, quando adotei o Nego. Mas ele dizia que não dava para continuar com um sujeito que eu amava mais que à ele.

Ele estava cego, pois eu o amava além de tudo... Foram dois anos de tentativas dolorosas. Eu passei dois anos tentando provar à ele que eu não iria trocá-lo por ninguém.
Mas não deu certo, cheguei ao meu limite quando ele jogou um uma panela em mim.
"Da próxima vez que te encontrar na calçada, vou meter o soco!
Não dava mais. Sempre disse à mim mesma que jamais iria apanhar de ninguém.

Alguns meses depois de um relacionamento difícil e turbulento, encontrei Daniel. Um homem compreensivo, tranquilo de fala leve e toque macio. Totalmente o oposto de João. Elee arrumou um emprego, na loja da tia dele, foi aí que consegui, pela primeira vez, cuidar de mim.

Com seis meses, Daniel me levou ao altar, com o vestido e as flores mais lindas que já vi na vida.
A igreja estava cheia. A família dele era muitíssimo maior que a minha.
Eu estava entrando no altar, linda, como nunca... Daniel desabou em lágrimas.

"Até que a morte os separe."
Essa frase foi o fim do sonho, o fim da nossa música, o fim dos sorrisos e das lágrimas de alegria. Dando lugar à um clima de medo, quando João surgiu na porta da igreja, com uma arma.
"Até que a morte os separe, não é?"

                                Continua...

- Juliane França.

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