Ana, 14


Ana, 14.
Cheia de sonhos,
Cheia de inocência,
Menina de cidade pequena,
Menina bonita...
Ana não andava como queria,
Andava bem coberta, mesmo no calor, pois seu pai não gostava dela com shortinhos ou blusinhas.
Ana só tinha calça, camiseta de manga e bermudas abaixo do joelho.
"Assim não vai ter motivos para os homens mexerem com você"

Conheceu Eduardo, 19.
Com o tempo,
O amor tomou conta
De seu inocente coração.
...Eduardo não amava Ana
Mas se disfarçou de homem
Para que ela se apaixonasse.
Ana se apaixonou, confiou
E essa confiança lhe custou a inocência e a posse de seu próprio corpo.

Sexo?
Ana nem pensava nisso.
Na verdade nem sabia como era.
Só queria abraçar e no máximo alguns beijos mais demorados.
Pensava em um futuro casamento...
Quem sabe?!
Já que Eduardo era tão doce e gentil.
Ana deixou-se levar por Eduardo
Que a levou em um terreno
Longe de tudo e de todos.
...
Boca amarrada com um pano,
Mãos presas em corda,
E lá se foi sua tão guardada e valiosa virgindade.
Sem consentimento,
Sem desejo,
Com força, muita força!!!
"Cala a boca!"
Sem dó!
Com sangue,
Com lágrimas,
Com gritos que eram abafados pelo pano, ninguém ouviu.
Sem proteção nenhuma!
Com marcas
Que ficariam para sempre...
Com um psicológico destruído,
Com a perca da fé no mundo...
"Se contar para alguém, eu te mato!"

Poxa, Eduardo... Olha o que você fez! Seu merda!

"Pai, não são minhas roupas que iriam impedir os homens de mexerem comigo, mas uma melhor educação nesses homens para não se tornarem monstros, destruidores de vidas."

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